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O Outro Lado

"I knew all the rules but the rules did not know me..." Uma viagem que se inicia em 2004 e passa por várias transformações, da poesia, à prosa e uma partilha da maternidade, atreve-te!

O Outro Lado

"I knew all the rules but the rules did not know me..." Uma viagem que se inicia em 2004 e passa por várias transformações, da poesia, à prosa e uma partilha da maternidade, atreve-te!

No teu Poema....

21.07.05, Carla

É lindo, na voz da Mafalda Arnauth fantástico! 


«No teu poema
existe um verso em branco e sem medida,
um corpo que respira, um céu aberto,
janela debruçada para a vida.

No teu poema existe a dor calada lá no fundo,
o passo da coragem em casa escura
e, aberta, uma varanda para o mundo.

Existe a noite,
o riso e a voz refeita à luz do dia,
a festa da Senhora da Agonia
e o cansaço
do corpo que adormece em cama fria.

Existe um rio,
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.

No teu poema
existe o grito e o eco da metralha,
a dor que sei de cor mas não recito
e os sonhos inquietos de quem falha.

No teu poema
existe um cantochão alentejano,
a rua e o pregão de uma varina
e um barco assoprado a todo o pano.

Existe um rio
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.

No teu poema
existe a esperança acesa atrás do muro,
existe tudo o mais que ainda escapa
e um verso em branco à espera de futuro.»


José Luis Tinoco


 

1 ano depois

17.07.05, Carla

1 ano passou, que comecei a escrever aqui, o universo de companheiros bloguistas já é grande e a quantidade de pessoas que já visitei e visitaram o meu blog são impressionantes.
Estou feliz por ter o meu espaço aqui e por poder partilhar com vocês.
Os Pedaços de Silêncio foram a partida para um ano cheio de coisas boas e más , como tudo na vida!! Mas o saldo é positivo, posso dizer que sou feliz com algumas arestas a limar. :) bj


 


Lunática

Silêncio

07.07.05, Carla

Silêncio. embuscado na esquina da noite o viajante espera...

De todas as estradas,
de todos os caminhos percorridos chegam ecos...
sombras veladas de todas as ruas de uma vida.

E a noite consome a espera,
assim como a espera consome o viajante... ..

e a vida consome a própria vida.

Mas, na madrugada esboçada
nos olhos cansados do viajante
adivinha-se nova partida...


Helena Mendes